levante

textos sem sentido e outros

terça-feira, maio 01, 2007

apontamento de viagem

Imagino a feira de Sevilha com um mar de gente a comer, beber e dançar. Os cavalos a circular nas ruas exibindo cavaleiros e donzelas sorridentes. As tendas cada vez mais abertas pois o álcool infiltra-se nas restrições e no pudor. As sevilhanas apuradas com folhos e maquilhagem. A roda gigante a espalhar luzes no céu. O fumo dos churros como nevoeiro denso. Os ricos e os pobres. Os novos e os velhos. E as ciganas. E as bugigangas. E os turistas constrangidos porque não podem e não sabem entrar na festa. Imagino um mar de gente a desabar pela madrugada dentro como se o mundo e a cidade e a feira fossem apenas um.