levante

textos sem sentido e outros

sexta-feira, dezembro 29, 2006

atletismo

Rápido. As horas passam, os dias não descansam, as noites retornam, os frutos secam sobre os ombros das árvores, a humidade entra pelas frinchas das portas e invade os quartos onde ninguém descansa porque ninguém jamais existiu. A respiração é sôfrega. O ar rarefeito. Do céu caem deuses exaustos que perfuram a crosta da terra e se afundam nas profundezas do magma. Da terra nascem os falsos profetas que se dissolvem em nuvens de sonho, mascarados de alvura.
Rápido. O sentido foge depressa e os dedos são lesmas sobre o teclado.