os dias
De manhã levantamo-nos.
Erigimos o mundo com os sentidos que tecem as coordenadas da consciência, entre a lisura dos lençóis e a luz refulgente dos domingos: o quarto, o rosto, a casa, a cidade, os rostos. Os dias, supomos, crescem pela inconsciência de crescer, entregues à volúpia dos relógios que sugam o tempo numa eficiência incontornável. Mas há dias que são mais espessos do que outros, dias viscosos que trazem a história colada na sua pele. E com a pele, os sentidos que abraçam a presença e a ausência. E com a história dos sentidos, a memória. E com a memória, a história da humanidade num ponto culminante sempre que cada um de nós se levanta e decide. E com a história, as palavras. E com as palavras, as leis. E com as leis, o desejo que sempre esteve no início de todos os inícios. E com o desejo, a morte e sua ténue vicissitude. E com a morte, a vida e com a vida o tempo e com o tempo os dias que retornam e com os dias os sentidos sempre novos e a pele eamemóriaeahistóriaeasplvraselesdjsomtee
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