levante

textos sem sentido e outros

terça-feira, julho 12, 2005

carrapateira

Hoje não havia fogo no Algarve, ou pelo menos junto à costa oeste algarvia. Muito pelo contrário, uma chuva miudinha pintalgava os óculos daqueles que gostam de olhar a chuva de Verão e abrem a boca em direcção ao céu.
A península rochosa que se forma entre a praia do Amado e a praia da Carrapateira estava particularmente bela, com todas as suas pequenas baías e penhascos, com um azul vivaz que transcendia do mar para os olhos dos homens e das mulheres que por ali passavam.
Havia uma máquina fotográfica na mala do carro. A máquina não saiu da mala do carro.
Não havia ondulação. Virado para oeste, debruçado sobre um penhasco, empurrado por um vento traseiro que me empurrava para oeste contra o azul vivaz do mar que me levava que me trazia por entre as pingas da chuva e o pó amansado pelas pingas da chuva e o vento que ia inútil para o meio do mar e levava cristas de pequenas ondas que babujavam na franja da areia e então perguntaste-me qualquer coisa e não sei se respondi