levante

textos sem sentido e outros

sábado, setembro 13, 2003

Depois de ter escrito o meu último post fui (ou imagino ter ido) à varanda. O ar revelava-se espesso e lento, a lua cheia e limpa. O meu corpo colava-se à humidade da noite.
Passadas algumas horas estava dentro do mar. A baixa-mar revelava uma maré grande, viva e escorrida. A vaga de sueste começava a aparecer e a misturar-se com a réstea de uma outra, mais compassada, que vinha algures do atlântico. No regresso a casa via a coluna de fumo que engolia a Serra de Monchique e revelava a direcção do vento.
Hoje, algures na costa vicentina, as cinzas caiam negras sobre uma mar plácido e espelhado, logo desaparecendo, cansadas de tão longa viagem. Revelavam a tristeza, a impotência, a estupidez